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Sanguinho das sebes

Rhamnus alaternus L.

Vulgarmente conhecido por sanguinho-das-sebes ou aderno-bastardo.

Morfologia

Arbusto perenifólio, por vezes, pequena árvore, com 1-5 m de altura. Folhas simples, alternas, serilhadas, verdes escuras nas páginas superiores e verdes claras nas páginas inferiores. Flores agrupadas em cachos. Fruto, drupa, ligeiramente carnudo e avermelhado, anegrando na maturação.

Ecologia

Matagais xerofílicos, sebes e orlas de bosques perenifólios. Matagais altos e desenvolvidos em ambiente de montado, sobro ou azinho. Em diversos tipos de substrato, incluindo arenoso. Planta pouco exigente, de porte e forma muito variável, que se pode desenvolver até em fendas de rochas.

É uma planta característica do habitat prioritário faial-medronhal (5230 subtipo 4). Para o restauro deste habitat, o Sanguinho será plantada conjuntamente com o Medronheiro e o Samouco (a co-dominância simultânea destas espécies é o bioindicador da presença/existência do habitat), e com o Folhado.

É também uma planta característica do habitat prioritário zimbral dunar (2250 subtipo 1). Para o restauro deste habitat, o Sanguinho será plantada conjuntamente com o Zimbro (espécie bioindicadora da presença/existência do habitat), a Aroeira e o Lentisco.

Distribuição

Espécie nativa da região mediterrânica, aparecendo tanto na Europa, como na África e Ásia. Em Portugal ocorre no centro e sul do País.

Utilização

As flores são usadas na confecção de preparados farmacêuticos para reduzir a tensão arterial; o ritidoma adstringente foi empregue em colutórios. Além dos usos medicinais, tem também grande aplicação em paisagismo, ao prestar-se a formar sebes e topiária fortemente podada. A sua madeira pode ser usada no fabrico de pentes.

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