Juniperus turbinata Guss.
Vulgarmente conhecido por Sabina-da-praia, Zimbro-das-areias e Zimbreira.
Morfologia
Espécie de gimnospérmica, não apresenta verdadeiras flores ou frutos, sendo as estruturas reprodutivas designadas por estróbilos e as estruturas frutíferas designadas por gálbulas ou por pinhas. Pertencente à Família Cupressaceae, é um arbusto ou árvore de pequeno porte de até 8 m. Folhas persistentes, com dimorfismo. Espécie dióica, os estróbilos masculinos ovóides estão dispostos nas extremidades dos ramos, os estróbilos femininos globosos localizados em ramos laterais. Gálbulas globosas vermelho-escuras quando maduras com 3 a 9 sementes.
Ecologia
Ocorre em matagais xerofílicos, em dunas estabilizadas e arribas litorais; no interior, ocorre em vertentes termófilas rochosas, afloramentos calcários e em vales ribeirinhos encaixados. Por vezes é dominante, dando origem a zimbrais. Tem preferência por locais secos e soalheiros, em diversos tipos de substrato, arenoso, calcário ou xistoso. Resiste bem à seca, à geada, ao frio e especialmente ao vento.
Esta espécie é bioindicadora do habitat zimbral dunar, habitat prioritário zimbral dunar (2250 subtipo 1) sendo acompanhada por outras espécies caraterísticas do mesmo habitat, nomeadamente a aroeira, o lentisco e o sanguinho-das-sebes.
Distribuição
Espécie nativa da região mediterrânica ocidental e macaronésia. Em Portugal continental ocorre espontaneamente para sul do Cabo Mondego.
Utilização
A sua madeira é muito dura, aromática e pode ser utilizada em carpintaria e marcenaria. As suas bagas (gálbulas) secas são um componente essencial do “gin tónico”. Em medicina popular, foi utilizado como facilitador da digestão.