A Mata Nacional de Leiria é uma propriedade rústica do domínio privado do Estado, com a área de 11.021,44 hectares, situada no concelho da Marinha Grande, administrada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, sendo que o Plano de Gestão Florestal (2019 a 2038), assenta em princípios de uma gestão florestal sustentável e adaptativa. A área da Mata Nacional de Leiria é topograficamente pouco acidentada, correspondendo a uma zona ligeiramente ondulada e apresenta uma faixa descontínua formada por dunas e cordões dunares.
A linha de água mais importante é a Ribeira de São Pedro de Moel (7.039,56 metros), que percorre o pinhal de Sudeste para Noroeste, desde a Ponte de São Pedro até desaguar na Praia Velha.
A nível climático prevalecem os invernos chuvosos e os verões secos e quentes.
A flora e vegetação da Mata Nacional de Leiria são o resultado de séculos de forte influência humana, associada à história das gentes que habitaram este território assim como à história nacional, sendo que o pinheiro-bravo, fruto do esforço de florestação dominou a Mata ao longo de séculos. Ainda assim, na Mata possui estão presentes oito habitats naturais e seminaturais, três dos quais prioritários e, ao nível das espécies da flora, encontramos seis espécies ameaçadas incluídas na Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental.
Os incêndios que marcaram o ano de 2017 e afetaram 86% da área total da Mata Nacional, para além reduzirem a cinzas o pinhal existente, causa impactes incalculáveis, potenciaram a disseminação de espécies de plantas invasoras já estabelecidas, nomeadamente espécies de acácia, as quais, beneficiando da ação do fogo, têm vindo a colonizar novas áreas.
Nos anos a seguir ao grande incêndio de 2017, a Mata Nacional tem vindo a beneficiar de um vasto conjunto de investimentos com vista à recuperação do coberto arbóreo, através de fundos públicos e apoios de cidadãos, empresas e fundações.
A ZERO, em resultado de uma colaboração com a Fundação Freudenberg e com a NOVA FCT, e também como donativos de cidadãos e empresas, está a cuidar de quatro parcelas que no seu conjunto ocupam 25 hectares onde, desde 2018 e até ao momento, foram instaladas diversas espécies de árvores e arbustos autóctones, como o sobreiro, o carvalho-português ou o pinheiro-manso.
Em 2024 iniciou-se a recuperação de uma nova parcela de cerca de 40 hectares e estima-se que todos os anos, com o apoio de donativos de cidadãos e empresas, se atinja um mínimo de 7 hectares restaurados no âmbito deste projeto.